Peritos técnicos do projecto Interreg Sudoe REMAS, liderado pela Associação de Municípios Florestais da Comunidade Valenciana, apresentaram no município de Loulé (Portugal) os relatórios e os progressos realizados na gestão e prevenção do risco de emissão de carbono acumulado no ecossistema -vegetação e solo – após um incêndio florestal. Assim, a região portuguesa do Algarve juntou entidades parceiras de Portugal, França e Espanha e a parceira associada andorrana.
Foram passados dois dias de trabalho cooperativo discutindo resultados, metodologias e boas práticas nas áreas de estudo: Serra do Caldeirão (ecossistema Quercus suber L.) em Portugal; Landes de Gascogne (ecossistema Pinus pinaster Ait.) em França; Parque Natural del Alto Tajo (ecossistema Pinus sylvestris L.) e Demarcación Forestal de Chelva (ecossistema Pinus halepensis Mill.), ambos em Espanha.
No primeiro dia, as entidades participantes apresentaram os progressos realizados e planearam as acções a realizar nos próximos meses. No segundo dia, os participantes visitaram as parcelas de estudo portuguesas localizadas no coração da Serra do Caldeirão. A Associação de Produtores Florestais também se juntou a esta visita e mostrou o trabalho que eles fazem em defesa do património florestal.
O projecto REMAS visa quantificar o carbono contido nos ecossistemas florestais, tanto na vegetação como no solo, a fim de determinar e mapear o risco de emissão de CO2 após um incêndio florestal. O objectivo é que este “risco de emissão” seja incluído nos planos de prevenção e gestão de riscos e nas estratégias de gestão e planeamento florestal sustentável, a fim de minimizar a emissão de gases com efeito de estufa produzidos pelos grandes incêndios florestais e, consequentemente, os seus efeitos sobre as alterações climáticas.
O projecto REMAS é co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). A Associação de Municípios Florestais da Comunidade Valenciana (AMUFOR, entidade líder) trabalha em conjunto com parceiros tais como a Universidade Politécnica de Valência (UPV-ITACA), a Universidade de Valência (UV-CIDE), o Conselho Provincial de Valência (DIVAL), o Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Agrícola e Alimentar, Centro Nacional do CSIC (INIA-CSIC), a Câmara Municipal de Loulé (CML), o Instituto Superior de Agronomia (ISA), a Escola Nacional de Ciências Agronómicas de Bordéus (Bordeaux Science Agro), bem como com entidades parceiras de diferentes áreas do território SUDOE.