REMAS realiza queimas experimentais para analisar o comportamento ao fogo

O projecto Interreg SUDOE REMAS analisa e estuda o comportamento do fogo com o objectivo de compreender os seus efeitos sobre o binómio solo-vegetação. Para o efeito, o pessoal especializado do projecto, co-financiado com fundos europeus, está a estudar diferentes medidas para fixar o carbono de modo a que a floresta recupere o mais favoravelmente possível.

Eugenia Gimeno, investigadora do Centro de Investigação da Desertificação CIDE da Universidade de Valência, explica que "no âmbito do projecto REMAS, o CIDE realizou incêndios experimentais na estação La Concordia, no município de Llíria". A metodologia permite caracterizar o estado inicial do sistema, medir diferentes parâmetros de fogo, tais como temperatura, altura da chama ou velocidade de propagação. Para tal, são instalados sensores no terreno para fornecer os dados necessários para tirar conclusões de uma forma mais precisa. As alterações que ocorrem no sistema são analisadas através da análise de amostras de solo antes e depois do incêndio, da recuperação da vegetação, e da aplicação de medidas que contribuem para a protecção do solo.

Gimeno explica que "desta forma, as mudanças nas propriedades do solo podem ser estudadas e a evolução tanto do solo como da vegetação pode ser monitorizada ao longo de vários anos, especialmente no ciclo do carbono e na erosão". O estudo irá contribuir para o estabelecimento de um protocolo de acção para minimizar as emissões de GEE.

O projecto REMAS é co-financiado pelo Programa Interreg Sudoe através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). A Associação de Municípios Florestais da Comunidade Valenciana (AMUFOR, entidade líder) trabalha em conjunto com parceiros tais como a Universidade Politécnica de Valência (UPV-ITACA), a Universidade de Valência (UV-CIDE), o Conselho Provincial de Valência (DIVAL), o Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Agrícola e Alimentar, Centro Nacional do CSIC (INIA-CSIC), a Câmara Municipal de Loulé (CML), o Instituto Superior de Agronomia (ISA), a Escola Nacional de Ciências Agronómicas de Bordeaux (Bordeaux Science Agro), bem como com entidades parceiras de diferentes áreas do território SUDOE.